Mito ou verdade? 5 dúvidas comuns sobre o polipropileno

Mito ou verdade? 5 dúvidas comuns sobre o polipropileno

Em tempos de conscientização e sustentabilidade, alguns assuntos vão e voltam à tona com frequência, porém, muitos deles, costumam trazer algumas dúvidas, curiosidades e, até mesmo, desinformação em muitos casos. É o exemplo do polipropileno, um dos “tipos de plásticos” mais utilizados pela indústria nos últimos tempos. 

Como bons especialistas no assunto e sempre dispostos a trazer mais informações úteis aos nossos leitores, resolvemos preparar um post especial, exclusivamente para mostrar o que é o polipropileno na prática, onde ele é aplicado e, principalmente, os mitos e verdades sobre esse tipo de material, tão presente em nossos dias a dia. 

Quer entender melhor e descobrir de vez, qual pode ser o papel das empresas e das pessoas em relação a esse tema? Então, continue a leitura e tome nota das dicas a seguir. Vamos lá? 

Afinal, o que é o polipropileno? 

À primeira vista, se uma pessoa tiver contato direto com um pedaço de polipropileno, certamente vai garantir que aquilo se trata apenas de um plástico. De fato, não há erros nessa afirmação! No entanto, por um lado mais técnico, o polipropileno se caracteriza por ser um “termoplástico semicristalino”. 

Isso significa que esse material é produzido por meio de um processo complexo, que envolve a polimerização de monômero propeno, podendo conter, centenas de milhares de unidades monoméricas. Complicado, né?

Não tem problema. A ideia é apenas mostrar que pode existir diferentes processos para se fabricar um plástico e o polipropileno é um desses.

Na prática, ele é encontrado em quase todos os produtos imagináveis que utilizamos, desde tampa do frasco de xampu em seu banheiro até a tampa do vaso sanitário, por exemplo, passando também pela garrafa de água que você leva para academia e a embalagem que você costuma guardar alimentos na cozinha. 

Ao mesmo tempo em que o plástico se transforma no maior desafio ambiental do século XXI, o uso do polipropileno se faz essencial para a indústria. O seu custo competitivo de produção, sua alta flexibilidade e sua boa resistência mecânica e química ainda são fatores que dificultam encontrar alternativas para a sua substituição, portanto, não há uma solução viável para se reduzir os impactos do plástico ao meio ambiente por parte das indústrias?

Por que o polipropileno é tão utilizado na indústria? 

Sim, uma das grandes vantagens do polipropileno é a possibilidade de sua fabricação a partir de um processo de reciclagem de produtos pós-consumo ou pós-industrial. 

O polipropileno reciclado apresenta boas características em relação a um material novo, porém, com um grande diferencial como, menor custo, um grande apelo sustentável, onde partimos de um resíduo que provavelmente iria para aterros e mananciais, acaba tornando-se uma solução sócio-ambiental, que todo o mundo debate nos dias de hoje. Portanto, há saídas inteligentes para o uso do plástico na indústria esse é um dos exemplos, que além de contribuir com a preservação do planeta, pode trazer benefícios diretos à sua marca. 

Quais os mitos e verdades sobre o polipropileno? 

É muito comum que surjam dúvidas e muitas questões sobre o uso e o verdadeiro impacto do plástico na indústria e, consequentemente, no nosso dia a dia. O polipropileno, por ser utilizado em boa parte de nossos produtos rotineiros, acaba sendo um dos temas mais presentes nesses debates. 

Por isso, pensando em esclarecer de vez essas questões, responderemos a seguir o que é verdade ou mito sobre o plástico. Confira!

1. Todos os recipientes plásticos contêm Bisfenol A? 

Mito. O Bisfenol A, também chamado de BPA, é um composto químico presente em apenas alguns tipos de plástico, em especial nos policarbonatos. Mesmo sem estudos científicos comprovados, especialistas apontavam que esse componente poderia causar malefícios à saúde, inclusive câncer. 

Uma das maiores preocupações eram porque, até pouco tempo, alguns recipientes comuns em casa, incluindo potes de utilidades domésticas e até mamadeiras, poderiam ser fabricados com plásticos contendo BPA. Como precaução, a ANVISA proibiu o uso desse tipo de material para utensílios domésticos, permitindo apenas outros, como o caso do polipropileno. Ou seja, nem todo plástico contém Bisfenol A e o material foco de nosso texto é um desses exemplos.
 

2. As embalagens plásticas oferecem riscos à saúde? 

Aproveitando o gancho do tópico acima, já vimos que as embalagens de polipropilenos não contêm BPA e, portanto, descartam os riscos desse composto. Porém, há outros motivos para se preocupar com os recipientes plásticos que envolvem alimentos, bebidas e outros comestíveis? 

Na prática, o polipropileno é bioquimicamente inerte à contaminação, ou seja, o material não reage e nem se deteriora em contato com as substâncias que ele preserva. Logo, esse material não oferece risco de contaminação direta para o consumidor ou para o ambiente, a não ser por conta de fatores externos como exposição ao calor extremo, umidade e má conservação. 

Portanto, mais um mito. Polipropileno não traz risco de contaminação!

3. O plástico diminui a resistência e a durabilidade dos produtos? 

Outro mito sobre o plástico industrial é em relação à durabilidade dos produtos. Quem nunca ouviu falar que os carros de antigamente duravam mais, os eletrônicos eram mais resistentes e as embalagens mais duráveis? Pura concepção! 

Hoje, o consumo de todos esses produtos estão muito mais presentes em nossas vidas e os vemos espalhados por todos os cantos em nosso dia a dia. Por isso, existe essa falsa percepção de que trocamos tudo mais rápido hoje, mas, na verdade, é a frequência e o volume que são mais altos, graças à acessibilidade que o plástico permitiu ao mercado. 

O plástico contribuiu com a evolução de praticamente todos os produtos que conhecemos hoje, permitindo desde carros mais modernos a televisores avançados ou de pallets sustentáveis a maquinários mais leves na indústria, por exemplo. 

Não oxidante, extremamente flexível e mais resistentes a muitos outros materiais, o plástico está longe de tornar os produtos mais descartáveis.

4. O plástico pode ir ao micro-ondas? 

Outra dúvida comum sobre o uso de plásticos em micro-ondas ou freezer é se essa prática traz algum risco para a saúde. Como o nosso foco é sobre o polipropileno e por esse ser o material mais encontrado em recipientes e utensílios domésticos, podemos garantir que não há perigos no uso correto desses potes. 

Além disso, a Anvisa estabelece regras e formulações exatas para a fabricação desses materiais e seus fornecedores devem segui-las, criteriosamente

5. O polipropileno pode ser reciclado? 

Verdade. Hoje, há fornecedores de compostos de polipropilenos especializados na reciclagem e reaproveitamento de resíduos de produtos pós-consumo ou pós-industrial. O plástico reciclado pode ser utilizado para novas embalagens rígidas*, recipientes, equipamentos e produtos gerais, obtendo um custo-benefício muito superior, uma resistência perfeita e, claro, com todo um apelo sustentável por trás desse processo. 

Portanto, garantir a qualidade de seus produtos e, ao mesmo tempo, prestar um papel importante ao planeta é só uma questão de opção e conscientização. 

Enfim, esses foram algumas das verdades e mitos sobre o uso do polipropileno na indústria e, consequentemente, em nosso dia a dia. Ainda que o plástico seja taxado como um verdadeiro desafio para o nosso meio ambiente, o uso consciente e sustentável desse material já é uma realidade e pode trazer benefícios incontáveis, tanto para a nossa sociedade, como para o seu negócio. 

*Sem contato com alimentos.


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