Entenda a importância da prevenção de acidentes na indústria

Entenda a importância da prevenção de acidentes na indústria

No Brasil, é registrado em média um acidente de trabalho a cada 54 segundos. O dado é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, do Ministério Público do Trabalho (MPT). Esse índice pode ser ainda maior, já que muitos casos sequer são registrados. Por isso, investir na prevenção de acidentes é fundamental.
Grande parte dos acidentes pode ser evitada com a adoção de medidas de segurança e organização do ambiente de trabalho. Além da obrigação legal de investir em proteção, as empresas devem considerar a saúde do trabalhador uma prioridade.
Entre as ações necessárias, é essencial promover treinamento para qualificação dos profissionais e fornecer todos os equipamentos de proteção individuais (EPIs) exigidos para o exercício da função. Continue a leitura para saber mais sobre prevenção de acidentes e quais os benefícios da adoção de práticas de segurança para sua empresa.

Entenda a importância da prevenção de acidentes

Como mostramos, os registros de acidentes no Brasil são alarmantes. Vale explicar que, embora os números do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho tenham sido consolidados apenas até o final de 2017 (e divulgados em setembro de 2018), são as estatísticas disponíveis mais recentes.
Dependendo de sua gravidade, um acidente de trabalho pode trazer várias consequências, como:

  • afastamento temporário do trabalhador;
  • redução de sua capacidade de trabalho;
  • invalidez;
  • óbito.

Do ponto de vista da empresa onde o acidente ocorreu, todas essas consequências representam danos. Além do afastamento ou perda do funcionário, a sensação de risco iminente leva à insegurança e baixa produtividade dos demais trabalhadores. Isso sem contar a necessidade de indenizações e eventuais autuações por parte do Ministério do Trabalho.
Os acidentes de trabalho afetam tanto as empresas quanto os trabalhadores e suas famílias. Isso sem contar os gastos com internações e a Previdência Social. Assim, por várias razões, quando se trata da segurança e saúde do trabalhador, prevenir sempre é melhor que remediar.

O que se configura como um acidente de trabalho?

Não são apenas os acidentes ocorridos dentro das empresas que são considerados problemas de segurança do trabalho. De acordo com a lei n.º 8.213/91, artigo 19º, existem três classificações distintas de acidentes de trabalho:

  • acidentes de qualquer natureza ocorridos no trajeto entre a empresa e a residência do trabalhador (na ida ou na volta);
  • acidentes ocorridos durante a execução de suas atividades profissionais, como quedas, choques ou danos físicos decorrentes do uso inadequado de EPIs, entre outros. Esses são classificados como acidentes típicos;
  • doenças ocupacionais, contaminação, problemas decorrentes de inundações, desabamentos ou incêndios, entre outros. Essas situações são denominadas acidentes atípicos.

Confira a necessidade de políticas de prevenção de acidentes na indústria

Embora todos os tipos de acidentes de trabalho mencionados causem enormes danos às empresas, em nosso artigo enfocaremos as práticas de prevenção e conscientização necessárias para reduzir a ocorrência de acidentes durante a execução das atividades profissionais.
As empresas são responsáveis por planejar e aplicar as estratégias de segurança, de forma a preservar a integridade de suas equipes. Além de cumprir a legislação, é fundamental promover treinamentos e adotar políticas de conscientização acerca dos riscos, para que os próprios funcionários saibam aplicar as práticas de segurança.
Aliás, não são incomuns casos de empresas que fornecem todo o equipamento de proteção individual, mas o funcionário não os utiliza de forma adequada, por ignorar o risco ao qual está exposto. Em situações assim, é obrigação da empresa cobrar o uso e conscientizar o trabalhador acerca da importância.
Vale lembrar que a justiça brasileira tem entendido que o risco da atividade é uma responsabilidade da empresa. Assim, independentemente de culpa, o empregador pode ser penalizado pelos acidentes. As despesas decorrentes de tais casos podem, inclusive, afetar a competitividade da companhia no mercado.

Fique por dentro das boas práticas de segurança

Os acidentes podem ser evitados — ou ao menos não acarretarem danos graves — com a adoção de boas práticas de segurança. Confira algumas atitudes fundamentais para minimizar os riscos.

Instruções claras e detalhadas

É fundamental que os trabalhadores recebam orientações claras e detalhadas sobre os riscos potenciais da atividade que executam e entendam o uso adequado dos equipamentos de proteção oferecidos. Esse trabalho de conscientização é essencial para evitar comportamentos imprudentes, que podem causar diversos tipos de acidentes.
Importante ressaltar mais uma vez que o fornecimento de EPIs é responsabilidade da empresa e seu uso é obrigatório. Os equipamentos precisam ter o Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Ambiente seguro

Mantenha o ambiente seguro, investindo no uso de equipamentos de proteção coletivos (EPCs), como cones de segurança, faixas para sinalização de áreas de risco, sirenes e alertas luminosos, bloqueios em locais onde existe risco de choque, entre outros.
Os riscos de chão de fábrica devem sempre ser isolados e corretamente sinalizados, evitando que os trabalhadores sejam expostos ao perigo. O uso de tecnologias mais modernas e automação também é um diferencial para evitar acidentes na indústria.

CIPA

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), determinada pela NR 5 do Ministério do Trabalho, é obrigatória. Os funcionários integrantes da CIPA participam de reuniões periódicas para analisar os perigos potenciais da empresa em que atuam e elaborar ações de prevenção.

Leis e normas

É fundamental respeitar as leis trabalhistas e normas de segurança específicas de sua atividade. Além de cuidados relativos às instalações elétricas e prevenção aos riscos de incêndio, é importante observar as regras da NR 9, sobre o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e a NR 7, que institui o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).

Manutenção preventiva

As indústrias também precisam respeitar os períodos e procedimentos corretos de manutenção de equipamentos e máquinas, de forma a não expor os colaboradores a situações de risco causadas por falhas técnicas.
A falta de manutenção preventiva é uma das principais causas de acidentes. Além de todas as perdas decorrentes do fato, o equipamento precisa passar por manutenção corretiva, cujo tempo de conclusão normalmente é maior. Assim, o comprometimento da produtividade da empresa é ainda mais significativo.
Como você percebeu, o trabalho de prevenção de acidentes em uma indústria depende de várias práticas, que precisam ser adotadas como rotina. Não observar esses cuidados, além de configurar falta de responsabilidade da empresa, também coloca em risco a qualidade de sua produção e a competitividade no mercado.
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