Gestão de custos: o que é, qual a importância e como fazer?

Gestão de custos: o que é, qual a importância e como fazer?

Muitas pessoas ainda romantizam o trabalho do empreendedor. Acreditam que basta uma boa ideia para fazer com que os negócios deslanchem. Esse pensamento ignora a importância da gestão de custos. Aliás, por incrível que pareça, muitas empresas não entendem como os custos relacionados aos seus processos impactam a maneira como trabalham, influenciando inclusive no lucro.
Em muitos casos, negócios veem os seus produtos venderem muito bem, mas apresentam uma margem de lucro pequena. Tudo isso está diretamente relacionado com a gestão de custos.
Para ajudar você a entender melhor esse assunto, decidimos publicar um artigo falando apenas sobre o conceito de gestão de custos. Preparado para entender tudo sobre o tema? Então, boa leitura!

Gestão de custos: nem tudo é custo

Algumas palavras acabam tendo o seu uso banalizado, conforme o tempo passa. Assim, as pessoas começam a dar a elas significados estranhos. Esse é o caso da palavra “custo”. Trata-se de um termo usado na contabilidade que vem sendo confundido com “gasto”, “investimento”, “despesa” etc.
No dia a dia você até pode fazer essa pequena confusão, mas, na hora de usá-los para falar das finanças do seu negócio, é importante usar os termos corretos.
Custo é um termo que está relacionado à fabricação de alguma coisa, à produção de algo. Uma montadora tem um custo para produzir cada automóvel. Ela deve conhecê-lo. Já os gastos estão relacionados à operação, à promessa de entrega de um serviço necessário para o andamento dos processos internos. Por exemplo: o gasto com a folha de pagamento.
Já as despesas se referem a gastos que não têm relação com a operação de fabricação, como o pagamento aos sócios da empresa, à diretoria etc.
O investimento se refere às aquisições que podem durar mais de um ano. A compra de uma nova máquina, ainda que esteja ligada ao aumento de produção, é um investimento da empresa.
O desembolso é o ato de pagar por algo. Ele pode ser feito à vista, parcelado etc. Já as perdas são relacionadas a questões que fogem do controle do negócio, como uma enchente, vendaval etc.

Organização da gestão de custos: boas práticas

Agora que você entendeu o significado de cada termo, deve ter percebido como cada um deles pode ser contextualizado no seu negócio, certo? Esse é o primeiro passo para conseguir fazer a gestão de custos: o mapeamento dos processos.

Mapeie os processos da empresa

Você já sabe que não é apenas o time de vendas que deve ser responsabilizado pelos resultados da empresa. Por isso, o empresário deve conhecer todos os processos internos, mapeando-os.
Depois de identificá-los, a empresa precisa encontrar alguma forma de descobrir se eles são eficientes, ou seja, se eles conseguem entregar os melhores resultados possíveis com os investimentos que recebem.
Para isso, é possível recorrer às métricas, planilhas e softwares de gestão. Por exemplo: você pode investir na troca de sua frota, optando por usar carros movidos a gás natural, uma vez que isso não impactará a eficiência dos motores e ainda gerará uma economia com combustível. Para cada processo existe uma métrica.

Aperfeiçoe o processo de contabilidade

Os contadores são peças fundamentais na gestão de custos. Afinal de contas, esses profissionais têm conhecimento sobre o sistema tributário e o seu impacto no caixa do negócio. Sendo assim, consulte-os na hora de começar esse processo de gestão.
Na verdade, muitos outros setores da empresa podem se beneficiar de uma aproximação com os contadores, como o departamento pessoal, Recursos Humanos e até mesmo o setor de compras.

Busque os melhores fornecedores

O setor de compras de uma empresa precisa focar a qualidade, uma vez que o consumidor final cobrará isso do produto adquirido. Portanto, esse departamento não deve focar o fornecedor mais barato, pois isso vai contra uma política saudável de gestão de custos.

Prejuízos com a gestão de custos: como evitar

Previna perdas

O primeiro passo é buscar alternativas para reduzir o impacto das perdas, como recorrer a um seguro ou tentar evitá-las. Como elas fogem do controle da empresa, o negócio deve apostar em prevenção.

Entenda o estoque

Contudo, é o estoque que costuma chamar atenção com relação à gestão de custos, uma vez que ele pode gerar gastos elevados, que nem sempre podem ser incluídos no preço do produto final. O ideal é trabalhar de maneira realista com a estocagem. Se existe oferta de matéria-prima e se a logística de entrega é eficiente, talvez não valha a pena ter grandes estoques.
Agora, se a sua empresa trabalha com um produto cujo preço tenha grande volatilidade, ou se a sua empresa depende de uma matéria-prima com um certo grau de escassez, você pode recorrer a grandes estoques.
Lembre-se de que, para que o seu estoque se torne investimento, é necessário investir também em infraestrutura. Um dos maiores erros na gestão de custos ocorre quando a empresa perde parte do seu estoque devido à baixa qualidade de armazenagem.

Precifique de maneira correta

Quando a gestão de custos é realizada, um dos grandes ganhos empresariais é a melhora na precificação dos produtos e serviços. É comum que as empresas recorram às análises de concorrência para definirem os seus preços. Todavia, até negócios que atuam no mesmo setor podem ter custos internos muito diferentes.
A gestão de custos consegue revelar não ser possível para o seu empreendimento oferecer o mesmo produto por um preço semelhante ao praticado pela concorrência, já que não tem os mesmos fornecedores ou a mesma eficiência de produção.
Esse processo é capaz de indicar caminhos à marca, como a descontinuação de um produto ou um redirecionamento, focando um novo mercado. Além de, é claro, buscar a eficácia em seu modo de trabalho.
Como vimos, a gestão de custos traz muitos benefícios à sua empresa. Aliás, é possível que ela se mostre mais positiva para o caixa do negócio do que um crescimento nas vendas, por exemplo. Cuidar da saúde financeira do negócio é uma atitude que não pode ser menosprezada.
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